Porque ser anticapitalista pode não significar avanço algum

05/10/2020 00:45

Época de eleições, momento de reivindicações que se equilibram entre a radicalidade e a exequibilidade de propostas. Em meio ao crescimento necessário de candidaturas negras, femininas, indígenas, LGBTQI+ e em um cenário de ascensão da chamada extrema-direita e do fascismo no Brasil e no mundo, um tema chama a atenção: o anticapitalismo.

Se desde 2015 a direita havia hegemonizado o campo político-eleitoral com o pretenso combate a corrupção, demandando da esquerda uma resposta geralmente presa à noção de “transparência”, atualmente a luta antifascista tem aglomerado movimentos em torno de um anticapitalismo que nega esta sociabilidade, sem afirmar nada em seu lugar. O problema, todavia, não reside ai. Além de não propor uma nova ordem societária, o anticapitalismo é tão antigo quanto o próprio capitalismo e encontra as mais nebulosas personificações sociais em seus quadros.

 
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